O artigo “Qualidade de vida dos cuidadores de idosos”, escrito pela aluna Aline
Fernanda da Costa e a Profa. Me. Rebeca Ferreira, do curso de Fisioterapia da UNIFAE,
foi publicado pela revista científica The Brazilian Journal of Development.
“É importante falar sobre a qualidade de vida dos cuidadores, já que são eles que assumem todos os cuidados do idoso dependente. Muitas vezes estes cuidados geram estresse mocional e físico, comprometendo a saúde do cuidador e o desempenho de suas atribuições. Geralmente, a atenção e as políticas públicas são voltadas diretamente para os idosos, deixando de lado a promoção à saúde e prevenção de doenças para os cuidadores”, conta a Profa. Rebeca.
O processo de envelhecimento deve ser entendido como natural e traz com ele algumas mudanças sofridas pelo organismo ao longo dos anos. Em 2018, o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – estimou que a população brasileira com 65 anos ou mais cresceu 10%, ou seja, à medida em que a população de idosos aumenta, os cuidados também. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que, em 2017, houve um aumento significativo no número de cuidadores, saltando de 5.263 para 34.051.
Durante o estudo foi aplicado um questionário de qualidade de vida para 15 voluntários entre 20 e 60 anos de idade, que abordou temas como: psicológico, relações sociais, meio ambiente e físico, como explica Rebeca. “Uma das estratégias do Fisioterapeuta está em aplicação do questionário WHOQOL. A Organização Mundial da Saúde constatou que, nos anos de 1990, as medidas de qualidade de vida são de extrema importância para a saúde, tanto dentro de uma perspectiva individual como social”.
Como resultado foram compreendidos que os cuidadores de pacientes parcialmente dependentes não apresentaram piora na qualidade de vida. Além de ser observado que a maioria dos cuidadores trabalham com vinculo informal, com maior jornada de trabalho, comparada aos cuidadores formais.
Outro ponto observado também foi que a maioria dos cuidadores conseguem conciliar suas atividades de lazer com o trabalho. A pesquisadora finaliza, comentando que outras análises e estudos ainda serão desmembradas desta pesquisa.